Ouso dizer que as vivências atuais são quase todas marcadas por acúmulos ou exageros de acontecimentos. Tudo ganha espaço em pouco tempo e há pouca absorção desses acontecimentos, já que a vida de todo mundo é tão "corrida" e é humanamente impossível guardar e interpretar todos os estímulos a que somos submetidos todos os dias.
Nos últimos dias, tenho me sentido engolida por esses acontecimentos, pela rotina, pelo o que consumo, pelo o que penso. Parece muita coisa pra uma pessoa só. A terapia tá em dia, graças a Deus, mas não dá pra ficar imune à realidade atual. É ter que ser produtivo, é ter que se sentir produtivo, é bater as metas de todos os dias e se alguma faltar ou for mal-feita é sentir culpa por isso.
Uma foto da última viagem que fiz e que me remete literalmente à LIBERDADE |
Tenho um histórico de perfeccionismo e medo de errar desde muito nova, algo que estou começando a quebrar e mudar ultimamente. Em pouco mais de um mês, vou completar a marca de trinta anos de vida e tenho estado reflexiva com a ideia desse ciclo. Com o passar do tempo, tem coisas que simplesmente não valem mais o gasto de energia. Me preocupar demais em falhar é uma delas. Sendo ser humano, obviamente você vai falhar, e entender isso nos liberta.
Liberdade. Minha palavra desse ano. Comecei janeiro saindo dos vínculos de trabalho cltistas e me tornei minha própria empresa. Super arriscado pra uma conservadora como eu, mas fui mesmo assim. Tenho me dividido entre dois trabalhos, me sinto mais realizada e também mais dona do meu próprio caminho. Tenho vivido tempos de adaptação, talvez por isso esse seja o primeiro texto que escrevo aqui esse ano. Escrever sempre vai ser minha principal salvação.
Em alguns dias, também vou embarcar - literalmente - para um sonho de menina. Vou comemorar os pré-30 anos em uma viagem que sempre quis fazer e dessa vez vou sozinha, mais introspectiva, mais ligada na minha própria companhia, e de certa forma, mais livre. Tô muito ansiosa e o próximo post aqui, com fé em Deus, vai ser sobre essa viagem.
Depois de ter presenciado e vivido algumas perdas de pessoas da família e próximas nos últimos meses, a ideia da finitude também tem me feito pensar e avaliar minhas dores e delícias com outra perspectiva. Se você se permite ser mais livre, ter menos preocupações cotidianas e mais consistência na sua vida, afinal você também vai morrer um dia, independentemente do que você acredita, na fé que você cultiva, sua jornada vai ganhar um pouco mais de leveza.
A liberdade é fluida, não tem fim, ela fica depois que todo o resto vai. E ela tem me guiado esse ano.