Metaverso e evolução da conexão - Entenda o futuro do digital (e também do real ?)

novembro 08, 2021

Evolução da conexão. É assim que se apresenta Meta, novo nome da companhia que abrange as plataformas Facebook, Instagram, WhatsApp e derivados liderada pelo onipresente Mark Zuckerberg. O antigo símbolo de "curtida" da marca deu lugar a um 8 invertido, que significa o infinito. A partir daí, já conseguimos sentir duas frentes chegando com força: futuro e poder.

Mas de onde vem esse nome "Meta"? Vem do metaverso, uma espécie de universo 3D da Internet. Em vez de olhar para as telas, o usuário vai poder "entrar" nas telas, com o auxílio de acessórios como óculos de realidade aumentada e pulseiras (já à venda no site do Meta, inclusive), em cerca de 5 anos.

A ideia dessa mudança é sair do centro das mídias sociais e alcançar também a realidade virtual. O metaverso consiste em uma realidade online em que as pessoas podem se comunicar, trabalhar, jogar, se relacionar. E para isso acontecer, precisam utilizar os aparelhos de realidade virtual. Nenhuma novidade no nosso mundo capitalista de até então. Mas por que devemos entender esse "novo futuro" agora? Para questionar e entender os valores de tamanha mudança.

foto reprodução google/ meta.com

Com a pandemia, o mundo mudou e eu listo aqui algumas realidades que possivelmente não têm mais volta. Começo com o home office: trabalhar em casa, ou de forma híbrida, é possível para quase todas as áreas, então se sua vida profissional permite esse processo, você já sabe que é vantajoso economicamente para empresários e colaboradores, é vantajoso para o planeta (já que controlamos a emissão de carbono tendo em vista que saímos menos) e é vantajosa a possibilidade da flexibilidade e da globalização nas relações, já que é possível fazer o trabalho de qualquer lugar do mundo e com qualquer pessoa envolvida.

E fazer o trabalho de qualquer lugar do mundo, se relacionar de qualquer lugar do mundo, se comunicar, jogar, comprar, vestir, brincar também vão ser ações possíveis de realizar de dentro das telas. Já são bilhões de dólares investidos em programadores que vão construir essas realidades, os primeiros testes já estão sendo feitos. A ideia é que cada pessoa tenha seu próprio bonequinho "avatar" e que possa estar no mesmo ambiente virtual, mesmo que no real estejam a milhares de quilômetros de distância. Exemplo: É como se eu aqui da Bahia e um colega de trabalho do Japão pudéssemos ao mesmo tempo estar na mesma sala de reunião, só que virtual. Não é como um Meet, um Teams, e sim como a sala de reunião mesmo, só que dentro da tela do computador ou celular. 

Então se saímos menos presencialmente, essa é uma forma de manter as relações distantes mais "reais", porém menos físicas conforme o tempo passa. É aí que acende a luz amarela. Estamos prontos? Queremos isso?

Tanta desigualdade socioeconômica no mundo a ser resolvida e gente importante gastando bilhões com o que é virtual. Estudando, gostando e vivendo a área como vivo, isso ainda não me desce. Ainda também não consigo enxergar os interesses por trás dessa que está para ser "a maior revolução da comunicação mundial". O que consigo enxergar é que tudo parece que foi orquestrado para chegarmos nesse momento atual. Nessa sede por mudanças, pelo efêmero, pelo plástico.

foto reprodução google/ Tech Masters
Assim como a mudança real que veio da pandemia, toda mudança virtual que acontece impacta diretamente os hábitos humanos. Vivemos as redes sociais há cerca de uma década e desde então, nosso modo de pensar, de viver, de nos relacionar, foi modificado, adaptado. O cérebro humano tem mais capacidade de desenvolvimento do que o que usamos no dia a dia, mas como fica o emocional humano? 

Essa mudança proposta do metaverso traz ansiedade, pois defende ideias que vão contra o natural, é o imediatismo em negar o real. Estamos preparados? Ou só estamos consumindo desenfreadamente o que nos é imposto por uma única grande empresa feita por poucas pessoas que estão comandando nossa forma de viver? Existe uma linha, muito tênue, entre o desenvolvimento do mundo e os limites. E é aí que eu deixo o meu questionamento pra vocês. Até onde podemos ir? Será que vale à pena? Fiquemos atentos aos próximos acontecimentos.

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