Já parou pra pensar em como seria sua vida e sua visão da realidade se descobrisse ter apenas mais 7 dias neste planeta?
Já te ocorreu pensar que em um piscar de olhos você pode perder pessoas, lugares, momentos e até coisas?
É muito triste pensar nessas possibilidades que mais cedo ou mais tarde vão acontecer, é muito triste também constatar quão materialistas podemos ser, mas sem esses questionamentos talvez não saibamos valorizar o que temos, quem temos e o que somos.
Quando chega o fim de mais um ano, eu entro em um transe psicológico e fico procurando sentido e significados em tudo o que me acontece nos meus dias. Me pego refletindo sobre as pessoas, as relações, meu presente e meu futuro. Me conheço mais, me assusto, me orgulho. A vida às vezes me parece meio doida, meio sã.
O cheiro de um perfume, a lembrança de uma comida, a sensação do vento na pele. Um dia não teremos isso, um dia faremos falta para esse mundo, então... Pra quê reclamar tanto? Qual a finalidade de lamentarmos, de sofrermos, de só existirmos enquanto podemos viver? Viver de verdade. Saber sobre experiência de vida. Dores e Delícias, mas sem esmorecer.
Sorrir. Chorar. Aprender. Comer. Abraçar. Sonhar. Desejar. Dormir. Viajar. Trabalhar. Planejar. Estudar.
Tanta coisa boa a se fazer. Somos seres pensantes, mutantes. Podemos e devemos nos reinventar, fazer o bem, evoluir na tentativa de construir nossa própria história.
Se por acaso eu ou você aí do outro lado só tivermos mais 7 dias dessa vida em nossas mãos, vamos garantir que nós soubemos viver de fato essa graça, oportunidade e benção que é, apenas e simplesmente, a arte de estar vivo.
Lisboa, Portugal 2017 |
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