Enfrente, em frente...

setembro 11, 2018

Nada parecia maravilhoso como já tinha sido um dia. Ela carregava tantas emoções e vontades dentro de si que esqueceu como era bom sentir o peso de ser leve, de não se preocupar com tudo, com todos, consigo mesma...

Não era sozinha, tinha um tanto ao seu redor. Gente, coisas, ideias, afazeres. Mas no seu interior se sentia solitária, com muito para dar, mas sem saber a direção.

Uma vontade de explodir junto com o mundo. No melhor dos sentidos! De fazer parte, fazer a diferença, se sentir grande.

Enorme ela já era. E é. Por vezes, confusa em seus pensamentos, por outras, sábia como o céu.

Sempre insatisfeita. Do tipo que gosta de centralizar, de controlar e que está sempre em busca do prazer.

Um belo dia ensolarado lá fora, apareceu cheio de luz aqui dentro. Entendeu, enfim, a razão que fazia doer às vezes seu coração. É chamado de mutação, vida que de casulo se torna borboleta, que de cinza superficial vira azul profundo.

É o chamado amadurecimento. Experiência que só vivência traz. Sabia que nem tudo poderia ser colorido, mas resolveu enxergar uma luz em cada tentativa de escuridão.

Então, ela assim percebe que não há graça em tudo o que vem fácil, sem esforço, sem suor. Mas não ignora que a paz é o que na vida existe de melhor. 

Fez da serenidade seu abrigo. Da razão, sua amiga. Do equilíbrio seu alicerce. E de seu coração, seu caminho.




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